Anos se vão em segundos e, quando você menos espera, sua vida se foi.
A cada década você vê que perdeu meio século,
e arrepende-se mais do que não fez do que o que fez de errado.
Dias se passam, anos se vão, e com eles também vão sua vida.
Sua adolescência, sua infância e seus prazeres.
Poucas vezes nos permitimos apreciar a beleza de uma vista.
Não de maneira fugaz, mas em toda sua plenitude.
Me diga: quantas vezes você apreciou um por do sol?
Quantas vezes você o viu descer calmamente durante sua trajetória?
E quantas vezes você viu uma abelha namorar uma linda flor antes de arrebata-la?
Entrar no mar e sentir cada pelo do seu corpo ser percorrido pela imensidão das águas?
Observar a selva de pedra da sua cidade se transformar em um tapete de luzes?
Ouvir, e sentir, o coração novo e forte de seu filho bater enquanto o sono o domina?
Sentir a brisa gelada do fim da tarde abrasar seu rosto?
A neve fofa escorrendo pelos dedos?
O amor puro e simples aflorando do seu cônjuge?
Me diga, honestamente: você já conversou com uma pessoa, simplesmente para fazê-la se sentir melhor?
Já disse bom dia, por favor e obrigado, com o simples objetivo de fazer bem a alguém?
Quanto tempo você investe para isso?
Para fazer o bem às pessoas, e não somente a você?
Não, isso não é tempo perdido!
É, sim, o maior presente e legado que você pode deixar neste mundo.
Nós, indivíduos, vivemos em uma sociedade, em grupo.
A maioria esquece disto, e acaba correndo atrás somente de benefícios próprios.
Egoístas!
Quando no fundo, no fim da vida, o que vai contar é o tempo gasto com coisas boas.
A vida é curta demais para não olharmos além de nós mesmos, não é?
Este trabalho de André Martins, foi licenciado com uma Licença Creative Commons – Atribuição – NãoComercial – CompartilhaIgual 3.0 Não Adaptada